Estudo da Prefeitura aponta emissão de 6 milhões de toneladas de gases do efeito estufa entre 2018 e 2023
Administração Pública osasquense lançou no final do último mês o 1º Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa do município
A Prefeitura de Osasco (SP), por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), em parceria com o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, lançou o 1º Inventário de Emissões de Gases do Efeito Estufa de Osasco. O estudo analisou dados entre 2018 e 2023 de fontes emissoras de CO₂, e apontou a emissão neste período de cerca de 6,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente.

Veículos de transportes são os maiores contribuintes de emissão de gases do efeito estufa na cidade — Crédito: Paulo Talarico
O documento inédito é mais um importante instrumento do município em ações desenvolvidas no enfrentamento e mitigação dos danos causados pelas mudanças climáticas. Osasco (SP) é uma das principais cidades da Região Metropolitana de São Paulo e vem implementando medidas em prol da sustentabilidade, como a adoção de ônibus 100% elétricos no transporte público municipal, gestão adequada de resíduos sólidos nos Ecopontos (com oito unidades na cidade), programas de educação ambiental, adoção de energia limpa em prédios públicos, entre outros. Em breve, o inventário estará disponível no site da prefeitura.
O 1º Inventário de Emissão de Gases do Efeito Estufa analisou dados entre 2018 e 2023 de fontes emissoras de CO₂ como Transportes, Resíduos, Energia Estacionária, Uso e ocupação da Terra e Setores Produtivos. Em 2018, foram emitidas 1.062 toneladas de CO₂; em 2019, 1.064 toneladas; em 2020 (primeiro ano da pandemia de covid-19), 991 mil toneladas (queda de 6,8% em relação a 2019); em 2021, 1.128 toneladas, aumento de 13,8% em comparação a 2020 (devido à retomada parcial das atividades econômicas); em 2022, 1.082 toneladas (queda de 4,2% em relação ao ano anterior); e em 2023, último ano do inventário, queda de 3,2% em relação a 2022, com 1.047 toneladas.
No período, as emissões somaram cerca de 6,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO₂), com redução de 1,4% no período (-554 mil toneladas de CO₂). Os setores que mais contribuíram para as emissões foram o de Transportes com 42%; Resíduos com 37%; e Energia Estacionária com 21%. Por outro lado, atividades de agropecuária e mudança do uso da terra foram maiores do que as emissões de dióxido de carbono. Entre 2018 e 2023, aproximadamente 5.500 toneladas de CO₂ deixaram de ser emitidas à atmosfera devido às áreas protegidas e regeneração da vegetação.
Tudo que se refere ao meio ambiente é relevante, cada vez mais é necessário incentivar e resgatar programas ambientais, já que sentimos a diferença no clima não só aqui, mas no mundo e é importante ter ações com o objetivo de preservar e cuidar, disse o vice-prefeito Lau Alencar (PSD).
O secretário de Meio Ambiente, Cláudio Henrique da Silva, lembrou de todo o trabalho de educação ambiental já realizado no município e agradeceu o apoio das demais secretarias.
“A gente saía pela cidade e conscientizava os moradores a não jogar lixo nas ruas, falávamos da reciclagem, sobre o efeito estufa e as pessoas estranhavam. Hoje sentimos isso na pele com as mudanças climáticas. Quero agradecer as demais secretarias que contribuíram com o inventário, encerrou Silva.