Antônio Boaventura
@antonio.boaventura

Larissa Oliveira, auxiliar de produção, sofreu um acidente de moto em maio do último ano e aguarda a devida assistência da empresa 99, que atua na prestação de serviço de transporte por aplicativos, e reconhece a falha no atendimento. A mesma também ressaltou que investe na prevenção de acidentes, através, de cursos disponibilizados, em geral, pela internet.

Acidentes com moto na cidade de Osasco (SP) registram alta nos últimos meses — - Crédito: João Frigério

Naquela ocasião, Larissa, que se deslocava até o seu local de trabalho, solicitou uma viagem por moto com embarque na avenida General Pedro Pinho, no bairro Pestana, até a rua Almirante Tamandaré, na Vila Menck. O percurso é de aproximadamente 8,5 quilômetros com perspectiva de chegar ao local de destino em quase 22 minutos. O custo daquela viagem foi de R$ 9,97.

No dia do acidente o cara, ainda, me cobrou a corrida. Eu estava dentro da ambulância e ele me falou que iria finalizar a corrida, sendo que ele poderia ter reportado o acidente, declarou Larissa.

A 99 ressaltou ao SPTV 2, noticioso da TV Globo, que investe em treinamentos para a segurança dos motoristas e passageiros, além de atuar contra a direção perigosa, monitora as corridas em tempo real, faz alertas sobre excesso de velocidade e mantém uma central de emergência disponível por 24 horas.

Além da omissão de socorro do motoqueiro, que não teve sua identidade revelada, Larissa também revelou estar encontrando dificuldades para entrar em contato com a empresa em busca de uma solução para o seu caso, que já dura mais de oito meses. O acidente ocorreu no dia 20 de maio do ano anterior por volta das 14h30.

Eles não entram em contato com a gente e nem a gente consegue contato com a empresa, por que não tem e-mail. É só pelo aplicativo e ali ninguém reporta nada. Ali é só um atendimento eletrônico que fala com você, explicou ela.

Em um site especializado em reclamações de consumidores de diversos tipos de serviços, existem um número considerável de queixas da existência de problemas no serviço prestado por motos. Entre eles está a dificuldade para acionar o seguro e ara entrar em contato com o aplicativo depois de um acidente.

A empresa fala que teve um aumento da eficiência pensando no tempo de deslocamento das pessoas com um custo que vai ter para os passageiros quanto a economia. Mas, existe uma parte invisível nessa conta que são os custos com as vítimas que esse tipo de transporte gera. Tanto dos custos de saúde quanto os custos previdenciários às vitimas que se acidentaram e não conseguem mais usufruir mais suas funções, concluiu Diogo Lemos, coordenador executivo da iniciativa bloomberg de segurança viária.

A reportagem solicitou a Secretaria de Saúde, de Osasco (SP), os números de atendimentos realizados à vítimas de acidente provocados por moto e para a Secretaria de Transporte, do Estado, o número de acidentes com moto no município. Assim que os dados estiverem disponíveis, esta matéria será atualizada.