Coluna Cá entre Nós, por Fernanda Gabriela - @fernandagabrielaoficial

Olá, meus queridos! Quero agradecer todo carinho que recebi na estreia da coluna na semana passada! Foram muitas mensagens que deixaram meu coração quentinho. A ideia sempre será essa: interagir com todos vocês.

Fernanda Gabriela traz como tema em sua nobre coluna a adaptação dos alunos no ambiente escolar — - Crédito: Divulgação

Ainda estamos vivendo nas escolas um período, eu diria, o mais importante do ano: a fase de acolhimento dos alunos e de suas adaptações ao novo. No entanto, vejo em muitos lugares esse processo sendo muito custoso e amedrontador às famílias também.

A adaptação é considerada o principal momento escolar pois ela solidifica a permanência escolar durante o ano. A entrada de uma criança na escola é um momento que pode gerar sentimentos variados, tanto para os pequenos quanto para os pais. Neste contexto, é fundamental compreender a diferença entre adaptação escolar e acolhimento de alunos, pois são estratégias diferentes, mas igualmente cruciais no processo educativo e emocional das crianças.

Semana passada, vi uma cena que me chamou muito a atenção: uma mãe, deixando seu filho de mais ou menos 3 anos na escola. Ela, a mãe, em prantos, enquanto seu filho a consolava! Sim! Foi isso mesmo que vocês leram!

Quando pais me procuram para me consultarem sobre uma ou outra escola, eu sempre lhes respondo que escola boa é aquela em que o pai confia. Simples assim. Mesmo quando a escola é pública, há uma maneira de fazer a escolha da que mais agrada.

A escola em que confiamos é a que se aproxima de nossos valores, de nossa fala. Aquela que respeita nossa formação familiar. A que nos olha dentro dos olhos e nos faz sentirmo-nos acolhidos, como família também.

A adaptação escolar refere-se ao processo pelo qual os alunos se ajustam a um novo ambiente escolar, especialmente em momentos de transição, como a entrada na educação infantil ou no ensino fundamental. Esse processo envolve a familiarização com a rotina escolar, a interação com novos colegas e professores, a assimilação de regras e normas do ambiente. É natural que as crianças sintam ansiedade ou insegurança neste período.

Assim, a escola deve promover estratégias que facilitem essa adaptação. Visitas prévias, atividades lúdicas e reuniões com os pais podem ser ótimas maneiras de preparar as crianças para essa nova fase. Pais atentos ao comportamento dos filhos durante essa transição podem ajudar a identificar sinais de dificuldade e buscar orientação junto à escola; daí a importância dessa consonância entre escola e família.

Já o acolhimento é um conceito mais amplo, que vai além da adaptação. Ele diz respeito à criação de um ambiente emocionalmente seguro e inclusivo, onde cada aluno se sinta valorizado e respeitado. O acolhimento envolve a empatia dos professores e da equipe escolar, bem como a promoção de um clima escolar que favoreça a inclusão.

Um ambiente acolhedor ajuda a reduzir a ansiedade e promove o bem-estar emocional dos alunos. Práticas como escuta ativa, atendimento às necessidades individuais das crianças e o incentivo à diversidade são fundamentais para um acolhimento efetivo. A atuação dos professores e da comunidade escolar é vital nesse processo, peça-chave para construir relações de confiança e respeito.

Embora adaptação e acolhimento sejam distintos, estão fortemente interligados. Uma boa acolhida pode facilitar a adaptação, tornando o ambiente escolar mais receptivo e ameno. Por outro lado, uma adaptação difícil pode gerar sentimentos de exclusão, tornando o acolhimento ainda mais necessário.

Nessa visão, é fundamental que pais e professores trabalhem juntos para garantir que as crianças tenham uma experiência escolar positiva desde o início. O diálogo aberto entre a família e a escola, acompanhado de práticas pedagógicas que valorizem a individualidade de cada aluno, é essencial para promover tanto a adaptação quanto o acolhimento.

Em suma, ao compreendermos a diferença entre adaptação escolar e acolhimento de alunos, podemos criar estratégias que favoreçam um ambiente educativo, mais acolhedor e seguro. Essa sinergia entre pais e professores é vital para ajudar as crianças a se desenvolverem plenamente, garantindo que cada uma se sinta parte de uma comunidade escolar que as apoia e valoriza.

A escola deve ser um lar de aprendizado, amizade e crescimento, onde todos os alunos podem florescer. À família cumpre auxiliar seus filhos para que sintam dessa forma uma fase fundamental de suas vidas! Desejo-lhes um rico e afetuoso processo! Nos vemos na semana que vem!

Quem sou eu! – Fernanda Gabriela é mestra em intervenção psicológica do desenvolvimento, neuropsicopedagoga e pós-graduada em gestão escolar, além de professora universitária, conteudista e palestrante. Co-autora do livro a arte de educar. Influencer e consultora educacional.